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Arte que transforma e abre horizontes!

Entre os meses de abril e maio deste ano aconteceram no Conjunto Vera Cruz, no ponto de cultura Vera Cult oficinas formativas no âmbito da direção de arte. Houve uma imersão de direção de arte com a diretora de arte e designer Rochelle Silva e Roberta Brasil, caracterização e maquiagem com Jader Magalhães e Paloma Santos e também criação e produção de figurino com Jessika Hander e Milleide Lopes.

As oficinas foram gratuitas e abertas ao público de modo geral, mas especialmente para mães, mulheres pretas, trans e alunos de cinema e audiovisual da UEG. Porém como as coisas, em sua maioria nunca seguem o script à risca, com o Lab.D.A não foi diferente houve espaço para todo mundo.

No dia com a sala cheia, o compartilhamento de experiências e vivências foi pura emoção. Além do aprendizado teórico, a turma pode entender na prática como construir uma ideia na prática. Confira abaixo o material produzido por Céu Barbosa, Luis Augusto e Stéfani Mendes.

Juliana tem 12 anos e cresceu em um lugar que sempre esteve em construção. Um lugar provisório. Nos primeiros anos de vida, passou por uma cirurgia no coração, que deixou uma cicatriz eterna. Isso a colocou em um estado de transição permanente, uma vez que a sua cicatriz não a deixa esquecer da morte, mas também é o que possibilitou sua vida. Seu pai é soldador, fabrica estruturas que sustentam telhados, espaços seguros e protetores. Mesmo assim, não se sente segura por diversos motivos, mas principalmente pela precariedade que a estrutura representa: o remendo, a telha frágil, quente e gotejante. Seu corpo muda todos os dias, está entrando na adolescência. Também está construindo sua identidade, buscando alicerces. Mas já percebeu que essa identidade também está em um estado de construção permanente – e sempre estará.

Stéfani, 26 anos, multiartista e diretora de arte acredita que iniciativas como a do Laboratório de Direção de Arte contribuem para que se possa ter mais clareza da profissão e ter um contato mais próximo com quem já está no mercado. Pois o audiovisual é o lugar mais democrático para se comunicar com toda a sociedade, independente de sua esfera social. Ressalta também que: “ O cinema hoje tem um papel pedagógico tal qual o teatro desenvolveu ao longo da história”. E para ela a direção de arte traz o sonho para a realidade, é a ponte entre os dois mundos.

Já Ana Isa, que veio diretamente de Uberlândia morar em nossa cidade, comenta como sentiu a falta de oficinas e atividades relacionadas à direção de arte no passado. Hoje, ela entende como as artes da maquiagem e produção andam juntas, uma complementando a outra e que a transformação da arte por meio do audiovisual tem o poder de expressar ideias de forma livre, algo com o que se identifica.

O programa de oficinas do Lab.D.A se encerrou com um gostinho de quero mais. Além das trocas profissionais que ocorreram ao longo dessa experiência, algo que devemos destacar foram as amizades que se formaram, o carinho e a harmonia que construímos juntos.

@fotocomalma-0624
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